12/07/2011

O Nada


Tenho tantas dúvidas que mal consigo ordena-las na minha mente.
O meu coração já não sabe o que sente... tão pouco sabe se alguma vez sentiu.

À volta paira o "nada".

O nada de nada conseguir fazer, o nada de nada conseguir sentir, o nada de não saber para onde vou, o nada de não saber onde estou. Eu... não sei nada!

Este nada faz-me cair. Este nada faz-me perder. Este nada faz-me ficar.

Preciso de tréguas.
Preciso apaziguar.
Preciso respirar.

O deserto não acaba e no horizonte, lá está o nada... Esse nada que nada me deixa tocar.

Dizem que o nada é TUDO.

O que eu sei, o que eu digo, é que tudo à minha volta é NADA.

E é nesta estrada, neste caminho do nada, que tenho ainda de percorrer... porque é suposto que neste nada encontre tudo... tudo aquilo que é meu, que é para mim.
Neste nada hei-de encontrar tudo: a FONTE que saciará, finalmente, a sede de um dia me ter perdido no deserto de um momento.

06/07/2011

Sopro



Deparei-me com esta frase, mesmo ao entardecer do dia:

"Com o Espírito em forma, o seu grande amor irá encontrá-lo.
Os amores espirituais encontram-se e encantam-se pela sensação de leveza que um causa ao outro. Os amores materiais esbarram-se pelo interesse, o que é corriqueiro. Há uma diferença considerável entre os dois. " - Ozeni Lim


Foi uma benção, um sinal, um sopro do céu, esta frase, hoje, aqui e agora!

Sabem como é sentir a sincornia de duas almas que se (re)encontram?! Em que os diálogos se dão por telepatia?! Onde apetece voar até àquele ponto de partida em que outrora se separaram?! Que finalmente aquele conforto se entranha e preenche aquele vazio que se foi agigantado?! Em que sentimos o corpo leve, livre ... pela serenidade, pela paz, pela ternura, quase já esquecida?!

Pois é.... apesar de tudo isso, houve algo em que esse AMOR ORIGINAL se esbarrou... Em algo de mundano, algo de corriqueiro, aquele AMOR tropeçou...

E foi aí que o Céu soprou... E mostrou que o Espírito, afinal, não estava em forma... E isso fez toda a diferença!