Tenho tantas dúvidas que mal consigo ordena-las na minha mente.
O meu coração já não sabe o que sente... tão pouco sabe se alguma vez sentiu.
À volta paira o "nada".
O nada de nada conseguir fazer, o nada de nada conseguir sentir, o nada de não saber para onde vou, o nada de não saber onde estou. Eu... não sei nada!
Este nada faz-me cair. Este nada faz-me perder. Este nada faz-me ficar.
Preciso de tréguas.
Preciso apaziguar.
Preciso respirar.
O deserto não acaba e no horizonte, lá está o nada... Esse nada que nada me deixa tocar.
Dizem que o nada é TUDO.
O que eu sei, o que eu digo, é que tudo à minha volta é NADA.
E é nesta estrada, neste caminho do nada, que tenho ainda de percorrer... porque é suposto que neste nada encontre tudo... tudo aquilo que é meu, que é para mim.
Neste nada hei-de encontrar tudo: a FONTE que saciará, finalmente, a sede de um dia me ter perdido no deserto de um momento.