20/06/2011

O Diamante do amor


Tantas vezes falo em AMOR e esqueço que um grande amor é também um lado desse diamante.

Sem dúvida que para o meu diamante (chamado AMOR) brilhar em pleno precisa de uma outra alma que o lapide também, que lhe puxe o lustre, justamente desse lado, do lado que se encontra mais adormecido, embaciado...

Quem não aspira por um grande amor?! Daqueles que nos fazem perder a cabeça, criar asas nos pés, elevar-nos ao céu quando todos, à volta, se esbarram, tropeçam, irradiam cólera ... e nem notamos!

É... que pena ter vivido tantos grandes amores e não tenha conseguido manter as asas, não tenha conseguido perder a cabeça e tão só tenha conseguido tropeçar, esbarando-me até, às vezes ... e me tenha viciado no cheiro da cólera alheia!

Talvez, agora, tudo estivesse igual ... mas eu seria outra, certamente!

Hoje saberia descrever como foi perder a cabeça, como foi voar, com asas, mas nos pés!!! E saberia o que é estar no céu no meio do caos!
Porque, hoje, sei o que sabia naquela altura ... É que naquela eu também não sabia ... mas tinha para onde voar, tinha alguém que me segurava na cabeça entretanto perdida. E tinha alguém que me pegava ao colo e me elevava quando as asas dos meus pés estivessem cansadas!

Hoje ... por baixo dos meus pés só existe o chão. As asas caíram. A cabeça está rigidamente fixada sobre os ombros e acabei até por me esbarrar, tropeçar ... O cheiro da cólera, esse, putrificou e a brisa que me sobrevoa não me deixa, sequer, respirar ... e por isso, não consigo...

Afinal, o meu diamante não brilha completamente. Preciso de o lapidar, naquele lado.. nesse lado... sim, nesse lado onde se espelhará aquele.. o tal... grande amor!

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