O AMOR sobrevoa-me há uns dias. Mas hoje especialmente.
Falava-me um amigo da sua dificuldade em estar com a sua namorada, dificuldade em aceitar as diferenças, as especificidades, as nóias dela. No fim rematou: "Mas eu gosto imenso dela!"
Fiquei a pensar... Como poderia ele gostar imenso dela se não aceitava o todo que a completa?! E fiquei realmente a pensar...
Há bocado, deambulando pelo FaceBook dei por mim a ler algo como que uma carta que alguém dedica à mulher que vai amar. Para ele amar era tão necessário como respirar e essa mulher, que ele iria amar, teria de precisar também do seu amor para respirar ... Estranha esta forma de amar, pensava eu... Mas mais à frente escrevia: " .. dizem que amar não é saudável, mas amar é louvável..".
E esta frase enterneceu-me.
Mas rematava: " Se queres ser a mulher que eu amo, tens de precisar de mim, tens de me asfixiar de ti, tens de estar, como as minhas pernas e os meus braços, em mim: sempre em mim."
E eu digo: isto não é amar! Não pode ser!
Eu jamais poderei ser essa mulher... e um amor assim eu também não quereria que sentissem por mim.
O homem que vou amor tem que usufruir, não me pode possuir;
O homem que eu vou amar tem que gostar do todo, mas também de cada nada que o complementa;
O homem que eu vou amar tem que transformar cada abraço num céu aberto, cada beijo num refresco, cada olhar num voo e cada momento num sonho...
Porque é assim que o vou amar... por inteiro... na liberdade que o criou, no desejo que o traz de volta... guiada pelo odor de sua alma...
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