Há momentos que não sei se é o AMOR que sobe ou é o CÉU que desce. Talvez se encontrem algures e se fundam um no outro... mas isso ainda não sei bem ao certo.
Não sei se quando perco a alegria, embora sorrindo por fora e dilacerada por dentro, foi o AMOR que subiu demais ou se foi o CÉU quem me tirou o júbilo para melhor o saber encontrar.
Não sei se quando não dou aquele beijo ao meu filho, é o AMOR que se eleva e me explica que preciso de me bem-querer para assim sentir uma vontade insaciável de beijar... seja quem for...! Ou se é o CÉU que me avisa de que nada vale beijar um pequeno amor se da minha boca só sai o fel.
Não sei se quando não atendo aquele telefonema é o AMOR, que de tanto subir até dele já me esqueci, e por isso me roga para o atender... Ou se é o Céu que desce, me mordaça o impulso de dizer: "-Estou?", poupando-me a conversas desnecessárias, a histórias infertéis e a desatenções fatais.
Não sei se quando me sinto perdida, sem saber de que lado nasce o sol, a ponto de nem saber se algum dia o sol existiu... é o AMOR que está prestes a erguer-se e a invadir-me com a sua força e a empurrar-me para o início de uma nova partida, a postes ao primeiro sinal sonoro, não importa para que direcção.... Ou se já estou no Céu, porque ele já desceu... e ainda não lhe encontrei os cantos da casa.
Carla
ResponderEliminarGostei muito do seu "Não sei". Obrigada pela partilha.
Quem dera eu soubesse!...eu também "Não sei"!...
...e "não saber" remeteu-me para: dúvida. Sobre dúvida encontrei isto que talvez venha a propósito:
..."a dúvida é a mãe da confiança. A confiança real vem somente por meio da dúvida, do questionar, do indagar. E a confiança falsa, que conhecemos como crença, vem pelo matar a dúvida, pelo destruir o questionamento, pelo destruir toda a investigação, a indagação, a procura, pelo dar às pessoas verdades prontas." (Osho)
"Saber distinguir entre a dúvida que nos leva ao crescimento e aquela que nos paralisa é um desafio permanente. A saída, mais uma vez, é olhar para dentro e deixar que a resposta surja a partir de nossa alma, do que acreditamos de modo absoluto ser imprescindível para a nossa felicidade.
Para muitas pessoas, esta afirmação pode soar inusitada e até mesmo irresponsável. Elas foram educadas para jamais ter dúvidas e seguir sempre o caminho já conhecido que as leve a agir baseadas em certezas.
Ocorre que as certezas só têm real valor quando surgem a partir de nossa própria vivência, daquilo que experienciamos ao seguir nosso coração. A sensação de felicidade e paz interior é o único critério em que podemos nos basear para ter a certeza de que estamos no rumo certo." (Elisabeth Cavalcante)
Profundo! Fez-me «sentir» ...
ResponderEliminarLindo!
ADOREI!
Beijinho Amiga!
Sem dúvida que o não saber é o princípio de alguma coisa... Obrigada pelos textos, são magníficos!!!
ResponderEliminarBeijinhos